TRESC

Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina
  • T
  • FB
  • Y
  • Soundcloud
  • Instagram

Notícia

Início conteúdo

Candidatos se elegem deputados com menos gastos do que suplentes

31.01.2011 às 19:53

Arte: AICSC/TRESC

Em Santa Catarina, candidatos foram eleitos deputados federais e estaduais apesar de terem arrecadado e gastado menos recursos de campanha do que vários suplentes. Os destaques são o 2º deputado federal mais votado, Esperidião Amin (PP), eleito com 166.524 votos, e o 8º mais votado para deputado estadual, Clarikennedy Nunes (PP), que obteve a preferência de 55.531 catarinenses.

Amin foi o candidato que teve menores gastos para chegar à Câmara dos Deputados. Seu desembolso de R$ 309.863,35 correspondeu a 2,35% do total de despesas dos 16 eleitos, que chegou ao montante de R$ 13.211.299,57, e foi 63% menor do que a média por eleito, no valor de R$ 825.706,22.

O deputado federal eleito pelo PP gastou menos do que oito candidatos que ficaram na suplência, entre os quais os três candidatos mais votados entre os suplentes do quadro geral de partidos e coligações: o 1º colocado, Valdir Colatto (PMDB), teve despesas no montante de R$ 558.638,22; a 2ª, Carmen Zanotto (PPS), despendeu R$ 460.718,99; e o 3º, Gean Loureiro (PMDB), chegou a gastos de campanha de R$ 476.650,22.

O 1º e o 3º colocados para o cargo de deputado federal, Mauro Mariani (PMDB) e Paulo Bornhausen (DEM), despenderam valores, respectivamente, 267% e 848% superiores ao de Amin. Mariani gastou a quantia de R$ 1.144.677,30 e Bornhausen, de R$ 2.941.723,14.

Até mesmo o candidato João Pizzolatti Júnior (PP), cujo registro de candidatura foi negado por ser enquadrado na "Lei da Ficha Limpa" (o processo está em grau de recurso no STF), teve mais gastos de campanha do que Amin, alcançando a quantia de R$ 1.628.286,46. Caso a sua candidatura tivesse sido deferida, Pizzolati teria sido eleito.

O deputado estadual reeleito Clarikennedy Nunes (PP) também se elegeu com despesas bem inferiores às de muitos suplentes. Ele obteve uma vaga na Assembléia Legislativa de SC com o menor valor, de R$ 87.562,11, equivalente a 0,6% do total de R$ 14.490.928,14 gasto pelos 40 eleitos e 75% a menos do que a média por eleito, no valor de R$ 362.273,20. 

As despesas de Nunes foram menores do que as de 62 candidatos que obtiveram vaga de suplente ou não se elegeram. Ele gastou, por exemplo, 85% a menos do que Daniel Tozzo (PSDB) e Rodrigo Bornholdt (PDT), que tiveram, respectivamente, despesas de R$ 604.957,59 e R$ 590.301,00.

O dispêndio do candidato do PP também foi extremamente inferior (92% a menos) ao do deputado estadual eleito Valdir Cobalchini (PMDB), que gastou R$ 1.135.706,00 na campanha.

Por Renata Queiroz
Assessoria de Imprensa do TRESC