O ex-juiz efetivo do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina, dr. José Isaac Pilati, presidiu a Escola Judiciária Eleitoral desde 19 de junho de 2006. Antes de deixar o cargo e repassar a direção ao juiz Volnei Celso Tomazini, o dr. Pilati falou para o Notícias TRESC. Ele fez um balanço das principais ações da entidade no período em que esteve sob sua direção e disse o que espera no futuro para a Escola.
Um balanço das principais atividades e realizações da EJESC no período em que esteve sob a sua direção?
A Escola atuou em três frentes em 2007. Em primeiro lugar, estruturou-se administrativamente, com lugar no organograma do TRESC, secretaria própria, espaço físico, logomarca e endereço eletrônico (www.ejesc.tre-sc.gov.br); em segundo lugar, executou uma programação intensa, que lhe deu maturidade como instituição: palestras, mesas-redondas, Fórum Brasileiro de Direito Eleitoral e julgamento eleitoral simulado; em terceiro lugar, a atividade da resenha e os trabalhos de conclusão do Curso de Especialização em Direito Eleitoral com a Univali.
Uma das grandes metas da Escola foi a de ouvir os diversos segmentos da comunidade. Isso representa verdadeiramente uma nova maneira de democratizar o direito?
A filosofia de trabalho da Escola foi no sentido de fomentar a cultura democrática, ouvindo a voz da sociedade, a começar por aqueles que têm participação direta nos pleitos e na formação de opinião, como advogados, jornalistas, professores e Ministério Público. O julgamento simulado eleitoral, atividade inaugurada na UFSC, foi um investimento no jovem e futuro jurista, cuja formação política tem sido relaxada nos currículos escolares de nível superior. A intenção foi discutir política em alto nível, com responsabilidade e amor ao país. Ficar parado, reclamando de político, é pobreza de espírito.
O Fórum Brasileiro de Direito Eleitoral foi o coroamento de uma grande fase da escola?
A programação de 2007 estava articulada em torno do Fórum Brasileiro de Direito Eleitoral. Tudo o que foi feito como etapa, como preparação, o que desencadeou um "crescendo". Assim foi amadurecendo a equipe, também a temática, também o perfil dos palestrantes. Quando chegou a hora, aquilo que parecia difícil ficou fácil e reverteu em glória para o TRESC e a Escola de Santa Catarina.
Que rumos o senhor espera que a Escola tome? Que diretrizes?
Eu não tenho esperança, eu tenho certeza! Certeza de que os servidores do TRESC não vão deixar apagar a chama que eles mesmos acenderam, com o descortino dos desembargadores presidentes dos dois últimos anos, Orli Ataíde Rodrigues e José Trindade dos Santos. Eles vão manter a Escola forte, atuando sobre as necessidades específicas de cada ano eleitoral. É um pessoal competente, tem auto-estima como corpo funcional e não deixa por menos. Sob a liderança do juiz Tomazini, a EJESC não vai perder a diretriz de formação política e democrática em alto nível, sem viés partidário ou de ideologias totalitárias. Tenho certeza.
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