O TRE-SC realizou, na tarde desta quarta-feira, a “1a Reunião de Comissões Ambientais” com o objetivo de compartilhar conhecimento sobre boas práticas de sustentabilidade, aproximar e estabelecer parcerias entre as comissões. Participaram do encontro representantes do TRT da 12a Região, TJSC, MPE, MPSC, MPF, TCE, AGU  e do TRE-SC. 

Na abertura da reunião, o diretor-geral do TRE-SC, Sérgio Manoel Martins, destacou a simplicidade do evento, mas apontou a importância interna de projetos ambientais para os servidores. “A ideia deste encontro não é revolucionar o mundo. Nós estamos aqui porque acreditamos que é possível fazer nossa parte dentro das instituições em que trabalhamos. Além do que, sempre que falamos em sustentabilidade, temos como plano de fundo a qualidade de vida dos servidores”, sustentou. 

Um dos pontos centrais da reunião foi a intervenção do secretário de gestão ambiental do TJSC, Roger Tang Vidal, que comentou sobre a atual situação do Tribunal e contou como foram iniciadas as ações na instituição com levantamentos, estudos e propostas. O secretário chamou atenção para as dificuldades encontradas. “Implantar um modelo de destinação de resíduos pode parecer fácil para quem está de fora, mas não é. Desde 2000 eu venho trabalhando nesse projeto e, ainda hoje, não consegui encontrar uma solução totalmente eficiente para o problema”. 

A comunicação dos programas e propostas ambientais é uma das principais preocupações por parte das Comissões. A maioria dos participantes lembrou que campanhas de sensibilização são fundamentais para o efetivo sucesso dos programas. “Precisamos orientar os servidores, não adianta instalar um ar condicionado moderno, de baixo consumo, se as janelas da sala permanecem abertas durante a ventilação”, ressaltaram.

Sempre mantendo a saúde dos servidores em foco, o diretor de serviços do Tribunal Regional do Trabalho da 12a Região, Jacson Alexandre Pereira, foi categórico ao afirmar: “não adianta ser sustentável se a ação fizer mal à saúde do trabalhador”. O servidor também compartilhou a experiência do TRT com fontes tipográficas para leitura em computador. Segundo Pereira, após vários testes foi constatado que quanto maior for o contraste da fonte, menor será a fadiga visual causada pela leitura. 

Como muitas comissões começaram a elaborar seus projetos há pouco tempo, a troca de informações é de extrema importância. “Talvez nosso maior feito seja compartilhar soluções porque, como se percebe pelas conversas, os problemas se repetem nas instituições”, disse Pereira. “Assim evitamos o retrabalho e o consumo de tempo desnecessário”, frisou. 

Ações realizadas pelo TRE-SC

No ano passado, o TRE catarinense iniciou um projeto-piloto desenvolvido para os períodos eleitorais. Conforme explicou a coordenadora da comissão da agenda ambiental do TRE-SC, Palmyra Farinazzo Reis Repette, os materiais de propaganda irregular apreendidos e as sobras de "santinhos" entregues pelos candidatos nos cartórios, tiveram, em muitas zonas eleitoriais, destinação adequada para a coleta seletiva municipal ou para associação de catadores de papel. “No segundo turno as ruas estavam muito mais limpas, quase sem sinais de lixos de campanha”, sinalizou Palmyra. A intenção da Corregedoria Regional Eleitoral é ampliar o projeto nas Eleições de 2014.

Copos plásticos: atualmente está prevista a substituição gradual dos copos de plástico descartáveis por conjuntos de copos e canecas reutilizáveis. Estima-se que o Tribunal gaste anualmente um total de R$ 13 mil com copos descartáveis, enquanto que a compra de 950 conjuntos de copos de vidro e canecas de porcelana possa alcançar, no pregão, um custo aproximado de R$ 11 mil.

Resíduos sólidos: todos os resíduos sólidos serão destinados a associações ou cooperativas de catadores de materiais recicláveis. O projeto está em fase de preparação de Edital.

Redução de consumo: Conforme informado na reunião, o consumo de papel caiu nos últimos 3 anos. A redução ocorreu, em parte, em função do trâmite dos processos de maneira digital e via internet. Com a substituição dos elevadores e dos aparelhos de ar condicionado por outros mais modernos, espera-se também a redução do consumo de energia elétrica nos próximos anos. A troca de válvulas de descarga no edifício sede trará resultados positivos em relação a economia de água.

Por Rafael Spricigo
Assessoria de Imprensa do TRE-SC