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Dois novos prefeitos são eleitos em Santa Catarina

06.06.2010 às 18:32

Os eleitores de Celso Ramos, localizado no Planalto Serrano, elegeram Ines Teresinha Pegoraro Schons (PSDB) a nova prefeita do município e Vanderlei Schons o seu vice. Os novos mandatários concorreram pela Coligação “Vamos Fazer Valer a Vontade e a Voz do Povo” (PSDB/DEM) e recebeu 1.232 votos válidos (52,97%), contra 1.094 recebidos pelo candidato Andre Guarda (PMDB). Em Maracajá, na região sul catarinense, o novo prefeito é Wagner da Rosa (PMDB), que foi eleito com 2.462 votos (55,68%) junto com o seu vice Everaldo João Pereira. O candidato Prezalino Ramos Neto, que concorreu pela Coligação “Juventude e Experiência Trabalhando por Maracajá” (PP/PR/PPS/PSDB), perdeu a disputa, tendo recebido 1.960 votos válidos.

O índice de abstenção em Celso Ramos foi de 6,83%. Nesse município estão registrados 2.548 eleitores. Foram 13 votos em branco (0,55%) e 35 votos nulos (1,47%). Já em Maracajá, eram pouco menos de 4.920 eleitores, que era o número oficial de eleitores, mas sofreu alteração na última sexta-feira (4), após a Corte do Tribunal Regional Eleitoral catarinense acatar, por unanimidade, liminar concedida pela ministra do TSE, Cármem Lúcia, que decidiu pela exclusão dos cerca de 160 eleitores que tiveram seu título transferido para o município depois do fechamento do cadastro das eleições de 2008.  Neste município, 368 não compareceram às urnas (7,48%), houve ainda 31 votos em branco (0,68%) e 99 nulos (2,17%).

Conforme informações dos cartórios eleitorais de Araranguá (1ª Zona), responsável pelo pleito em Maracajá; e de Anita Garibaldi (52ª Zona), que comandou o processo em Celso Ramos, as eleições correram bem. Em ambas as cidades não houve substituição de urnas ou qualquer evento que pudesse prejudicar as votações. Em Celso Ramos, houve contínuo trabalho de blitzes e abordagens policiais revistando veículos, pessoas e locais por conta de agitações pelo município, entretanto essas ocorrências não prejudicaram as votações.

De acordo com a Coordenadoria de Eleições do TRESC, Maracajá contou com um total de 13 urnas, que foram usadas em 6 locais de votação, e Celso Ramos, com 8 urnas, tendo funcionado 5 locais de votação.

Como ocorreu a cassação de diplomas nos dois municípios
 
As eleições suplementares aconteceram hoje (6/06) em virtude de a Justiça Eleitoral ter cassado os diplomas dos mandatários eleitos no pleito 2008, com mais de 50% do total da votação em decorrência, em ambos os municípios, de compra de votos.

Com relação a Celso Ramos, o TRESC manteve integralmente a sentença de cassação dos diplomas do prefeito José Alciomar de Matia (PSDB) e do vice Ildo Pizolato (DEM), na sessão plenária do dia 4 de novembro de 2009. A decisão em 1ª instância aconteceu no dia 27 de maio de 2009 em virtude da oferta de dinheiro em troca de voto para uma família da localidade. A gravação do acerto financeiro foi considerada prova lícita pelos juízes do Pleno. Os autos mostraram a oferta de R$ 500,00 por voto, valor que multiplicado pelos nove integrantes da família, alcançou a cifra de R$ 4.500,00.

No que diz respeito ao município de Maracajá, o julgamento  pela Corte catarinense ocorreu em 14 de setembro de 2009, mantendo a sentença de 1º grau que havia cassado os diplomas da chapa majoritária eleita no município, em 20 de janeiro do mesmo ano, em razão de compra de votos. Em duas ocasiões ocorreu a ilicitude por parte dos então candidatos a prefeito Antônio Carlos de Oliveira (PP) e a vice Aníbal Brambila (PSDB) -conhecidos como ‘Cacaio’ e ‘Garibaldi’, respectivamente.

Na primeira situação houve oferecimento de R$ 700,00 por Garibaldi a um eleitor, que afirmou que o então candidato o procurou em sua residência e se ofereceu para pagar a sua conta de cartão de crédito em troca de apoio à coligação. Na ocasião, entregou-lhe a quantia de R$ 300,00. Dias após, ele gravou a ligação telefônica na qual foi combinada a entrega do restante. Também gravou a conversa havida no encontro em que os R$ 400,00 lhe foram, de fato, entregues. A perícia realizada pelo setor técnico da Polícia Federal não indicou a existência de qualquer montagem ou fraude nas gravações.

Já o candidato à reeleição Cacaio teria prometido vantagens em troca de votos a um eleitor, que depôs em juízo que o candidato quitaria dívidas vencidas de sua borracharia com o Município relativamente a tributos, no valor de R$ 7.500,00. Na conversa, que foi filmada, o candidato sugere a elaboração de expediente para a quitação. A Prefeitura pagaria valores à borracharia, e com tais quantias seriam pagos os tributos vencidos.

Por Renata Queiroz
Assessoria de Imprensa do TRESC