Acontece amanhã (4/10), a partir das 9 horas, na sala de sessões do TRESC, piso térreo, a cerimônia de sorteio das urnas que serão utilizadas na Votação Paralela, no primeiro turno da eleição 2008. O sorteio é público, ou seja, qualquer cidadão pode comparecer ao local. Em Santa Catarina são sorteadas duas urnas, uma da capital e outra do interior.  A “Votação Paralela” consiste em um sistema de auditoria para dar aos eleitores a segurança de que o seu voto quando entra na urna eletrônica vai para o candidato que ele escolheu soberanamente.

A Simulação é coordenada pela Comissão de Votação paralela. A Comissão deste ano foi instituída pelo presidente do TRESC, desembargador João Eduardo Souza Varella, por meio da Portaria 261/2008, no dia 7 de agosto de 2008 e iniciou seus trabalhos no dia 18 de agosto, quando houve a primeira reunião do grupo. Compõem a Comissão o juiz de Direito Hélio do Valle Pereira, na condição de presidente, e quatro servidores do Tribunal: Adriano Ferreira Ramos, Camila Maia Sales Mota, Luís Flávio Seelig e Sônia Maria Campos, como secretária da Comissão.

Para dar ainda mais transparência à Votação Paralela, todos os trabalhos desenvolvidos pela Comissão, bem como os procedimentos no dia da eleição, são acompanhados pelo representante do Ministério Público Eleitoral, procurador André Stefani Bertuol.

Sobre a votação paralela, o Secretário de Tecnologia da Informação do TRESC, Carlos Rogério Camargo, disse que o processo tem o objetivo de demonstrar que os votos inseridos na urna são os mesmos que constam no boletim de urna. “Cada voto inserido é filmado, da mesma forma que a simulação, é como se estivéssemos de fato numa seção eleitoral, com todos os procedimentos que ocorrem nas seções durante o dia da eleições”, explicou Camargo.

A cerimônia de sorteio das urnas usadas na Votação Paralela:

Imediatamente após o sorteio, é feita a comunicação ao juiz eleitoral da zona da urna sorteada para que faça a substituição da mesma por uma urna de contingência na seção.

Membros da Polícia Federal (PF) buscam as urnas sorteadas e as encaminham para a Capital, para o local da Votação Paralela, onde ficam guardadas pela PF até às 8 horas da manhã do dia da eleição, quando inicia-se a votação. Neste ano, a Votação Paralela será feita no prédio do Tribunal de Contas da União, em Florianópolis.

Para que a urna do interior chegue na Capital a tempo, estão à disposição do TRESC, além dos automóveis do Tribunal, também helicóptero e até mesmo um avião cedidos pelo Governo do Estado, para que haja agilidade e rapidez no transporte da urna. Porque caso a urna sorteada seja de um local distante de Florianópolis, como os municípios do extremo oeste, por exemplo, o meio de transporte mais rápido é acionado.

Ainda na véspera da eleição, logo após o sorteio, as pessoas presentes à cerimônia são convidadas a preencherem cédulas de votação de papel, como se estivessem votando nos candidatos que concorrem às zonas eleitorais que foram sorteadas, os quais são candidatos reais, por exemplo, de Florianópolis e de Chapecó. Os nomes e números dos candidatos são reais porque as urnas foram configuradas com os dados dos concorrentes nos cartórios eleitorais, dias antes da eleição, sendo lacradas em seguida, e abertas novamente só no dia da eleição para receber os votos na seção eleitoral. A urna não é, em hipótese alguma violada ou tem seus dados adulterados.

Após terem sido preenchidas as cédulas de papel da votação paralela elas são depositadas numa urna de lona, que é lacrada e guardada pela PF até ser encaminhada na manhã seguinte ao local da simulação.

Como funciona a Votação Paralela?

Às 8 horas do dia 5 de outubro, quando forem abertas as seções eleitorais em todo o Estado, também será aberta a Votação Paralela na sede do Tribunal de Contas da União, em Florianópolis.

Dentro do prédio são montadas duas seções eleitorais, com suas mesas receptoras de votos, como uma seção normal. A novidade aqui é que os eleitores são substituídos por pessoas da Comissão e mais a Equipe de Apoio da Votação Paralela. A equipe de apoio é formada por 14 funcionários de carreira de Tribunal.

Outra diferença em relação à votação normal é que, além da seção ficar isolada e com acesso restrito a pessoal credenciado, três câmaras são posicionadas para filmar tudo o que se passa no ambiente. É posicionada uma câmara sobre cada urna eletrônica nas duas seções para que todo voto depositado seja filmado e a terceira câmara é posicionada num ângulo que possibilite a captação de imagens de todo o ambiente, monitorando quem entra e sai do local e todos os seus movimentos.

Os procedimentos para habilitação das urnas eletrônicas são os mesmos da eleição comum: É feita a vistoria dos lacres, ligada e emitida a zerésima, um boletim para provar que nenhum voto ainda foi inserido na urna.

O procedimento de voto  é um pouco diferente, porque além das urnas há na seção de votação paralela também um computador que utiliza um sistema específico, é o SAVP (Sistema de Acompanhamento da Votação Paralela). Nesse computador são inseridos os votos dados nas cédulas de papel (que foi feito no dia anterior, durante a cerimônia de sorteio das urnas). Após a inserção do voto no computador, a inserção do mesmo voto é feita na urna eletrônica. Às 17 horas, paralelamente com o encerramento da votação normal, a votação paralela é encerrada.  Então é retirado um espelho dos votos inseridos no computador e emitido o boletim da urna eletrônica e, fazendo-se o cruzamento dos dados de ambos, ao final, eles têm que ser iguais.

Quem pode participar/fiscalizar?
 Sorteio das urnas: qualquer cidadão.
 Votação Paralela: representantes de partidos políticos e imprensa em geral, devidamente credenciados antecipadamente junto ao TRESC.

Data, Local e Horário da Cerimônia de Sorteio das urnas que compõem a Votação Paralela: 04/10/2008, sala de sessões do TRESC, Rua Esteves Júnior, 68, térreo – Centro – Florianópolis, a partir das 9 horas da manhã, e qualquer cidadão pode participar. (EB/RQ)

AICSC – Assessoria de Imprensa, Comunicação Social e Cerimonial do TRESC