O início das eleições em São João Batista, município catarinense que é piloto na identificação digital do eleitor, foi tranqüilo. Nenhuma urna precisou se substituída e apenas três mesários faltaram. Para o juiz eleitoral da 53^a Zona Eleitoral, Rafael Rabaldo Bottan, isso é normal. "Fizemos as substituições dentro da normalidade e isso não atrapalhou o início dos trabalhos". 16.271 eleitores votam nessas eleições.

 O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina, desembargador João Eduardo Souza Varella, acompanhou a abertura da eleição no maior local de votação da cidade, a Escola de Educação Básica São João Batista, que tem 4.945. Ele acredita que este processo de identificação biométrica é um avanço na eleição brasileira. "O reconhecimento biométrico é uma vantagem maior que traz absoluta segurança, embora as urnas habituais já dêem garantias ao eleitor", disso o desembargador Varella.

 A eleitora Otília Marchi Veneri, de 77 anos foi a primeira a votar na Escola São João Batista. Ela estava feliz por poder participar do processo e garante que mesmo não tendo obrigatoriedade de votar faz questão de comparecer a seção todas as eleições: "Acho importante votar para defender meus direitos e lutar por tudo o que a cidade precisa". Ela também ficou satisfeita com o novo processo. "Agora com esse reconhecimento pela minha digital, tenho ainda mais certeza que ninguém vai votar no meu lugar".

 O chefe de cartório da 53 ^a Zona Eleitoral, Ayrton Teixeira, também acompanhou a abertura da votação. Ele explicou que no simulado, que aconteceu em junho, deu para ter uma noção de como seria a eleição e também houve tempo para fazer as alterações necessárias. "O treinamento para os mesários foi intensificado, explicamos a maneira correta de inserir a digital do eleitor no leitor biométrico, e isso deu mais agilidade no processo no dia de hoje", esclareceu Ayrton. (SC/EB)