Os procedimentos de auditoria dos sistemas das eleições 2008 foram apresentados agora à tarde, na sala de sessões do TRESC. Presentes imprensa, representantes de partidos políticos, Ministério Público, Ordem dos Advogados, entre outros. O presidente do TRESC, desembargador João Eduardo Souza Varella, resumiu o objetivo da realização da audiência pública: “As tecnologias utilizadas, as quais serão apresentadas aos senhores hoje, são os meios facilitadores que nos permitirão realizar eleições transparentes”, enfatizou o presidente.
Todo o processo das eleições 2008, desde a inserção dos códigos, lacre das urnas, teste, transporte para os locais de votação, emissão da zerésima, votação, emissão do boletim de urna e posterior apuração dos votos, poderá ser conferido de perto e constantemente auditado, conforme esclareceu o secretário de Tecnologia da Informação, Carlos Rogério Camargo. “A tabela de correspondência, por exemplo, é um instrumento que garante a integralidade da urna, entre o espaço de tempo em que foi configurada (alimentada com os códigos), que a mesma foi lacrada (em público), que é a mesma que foi usada na seção eleitoral e que foi dela que saiu o relatório”, explicou o secretário.
Camargo também informou o uso, a partir deste ano, do sistema Linux nas urnas eletrônicas. “O Linux, por ser um sistema aberto, é mais facilmente auditável”, garantiu.
A cerimônia de assinatura digital e lacração dos sistemas acontecerá de 8 a 12 de setembro, com ampla cobertura jornalística e acesso aos interessados.
As contingências que, por ventura, possam ocorrer foram previstas e as seções eleitorais estão aptas a solucionar os problemas de forma ágil e segura, pois todo o processo de votação é gravado em dois sistemas diferentes. É como se cada urna estivesse constantemente gerando um novo ‘back up’.
Sobre a votação paralela, Carlos Camargo disse que o processo tem o objetivo de demonstrar que os votos inseridos na urna são os mesmos que constam no boletim de urna. “Cada voto inserido é filmado, assim como toda a simulação, é como se estivéssemos de fato numa seção eleitoral, com todos os procedimentos que ocorrem nas seções durante o dia da eleições”, finalizou.
Estiveram presentes à reunião, o presidente do TRESC, desembargador Varella; o diretor-geral do TRESC, Samir Beber; o procurador eleitoral substituto, André Bertuol; o juiz presidente da Comissão de Votação Paralela de Santa Catarina, Hélio do Valle Pereira. Além de membros da imprensa e de partidos políticos. (EB/RQ)
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