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Centro cultural traz programação variada para quem estiver no Rio de Janeiro

11.04.2008 às 16:26

A partir desta sexta-feira (11), quem estiver na cidade do Rio de Janeiro poderá acrescentar ao seu roteiro cultural a visita ao mais novo centro cultural do País, o Centro Cultural da Justiça Eleitoral (CCJE). Inaugurado ontem (10), o local ficará aberto à visitação de quarta a domingo, das 12h00 às 19h00, com exposições fotográficas, arqueológicas e de artes plásticas, além de uma sala de leitura, outra de documentação e um museu com peças que contam a história do voto no Brasil.

Situado no chamado “corredor cultural” do centro da cidade do Rio de Janeiro, próximo aos centros do Banco do Brasil e dos Correios, o espaço dedicado à memória da Justiça Eleitoral brasileira ocupará o prédio histórico localizado na esquina da Rua Primeiro de Março com a Rua do Rosário. “Esse lugar promete e quanto mais centros culturais melhor. Ele complementa o que já temos e vai tornar o roteiro carioca ainda mais interessante”, afirmou a cantora lírica Gina Martins que assistiu ontem à inauguração do CCJE.

Salões de Arte

Projetado para ser a sede do Banco do Brasil no século XIX, o prédio mostrou, já na sua inauguração, que está completamente adequado para funcionar como um centro cultural dinâmico. Sua “área de acolhimento”, localizada no hall de entrada, abrigou ontem uma performance de dançarinos cariocas e paulistas sobre a temática da arte, da participação cultural e política da mulher brasileira e da importância do resgate do patrimônio histórico e cultural do País.

Ao lado deste salão principal, duas salas abrigam mostras artísticas. Na Sala de Exposições, encontra-se a exposição "A mulher brasileira", que apresenta as mulheres que se destacaram nas artes, na política e por sua participação social na história brasileira. Já a Sala de Exposições II estão expostas as esculturas do artista brasiliense Carlos Wolfgram, que criam imagens de rostos a partir de referências cotidianas e mitológicas.

As exposições que abrem as atividades do CCJE surpreenderam a historiadora Maria Júlia Cardoso. “Por se tratar de um centro da Justiça Eleitoral, esperava alguma coisa mais conservadora, mas a diversidade de exposições e de temas chamam a atenção”, afirmou.. Para a museóloga Mariana Santana, não há como não ser atraído pela beleza arquitetônica estilística do prédio, completamente revelada depois da limpeza da fachada. “O prédio é deslumbrante e acho que o trabalho artístico aqui terá que seguir a mesma linha para não destoar”, afirmou.

Na Sala de Exposições III, no segundo pavimento, também destinada a mostras artísticas em geral encontra-se a exposição fotográfica "Imagens", com 82 fotografias em grande formato contendo registros do processo de restauração da sede do CCJE feitos pelos fotógrafos do TSE, Ubirajara Dettmar e Nélson Júnior. A restauração rendeu também um mostra das peças arqueológicas do século XVII, encontradas no subsolo do prédio.

Tanta história em torno do próprio prédio chamou a atenção de Lívia Maria de Abreu. Para ela, o local vai ser contribuir para a formação dos estudantes e jovens brasileiros de uma maneira interessante ao combinar história, política, manifestação artística e cultural. “A gente percebe que temos os recursos, só falta fazer como fizeram aqui”, acrescentou.

O CCJE também abriga o Museu da Justiça Eleitoral, no segundo pavimento, destinado à exposição permanente do acervo relacionado à memória da Justiça Eleitoral. Além das urnas eletrônicas, de lona, ferro e de madeira,  o local expõe os documentos e objetos históricos representativos da evolução do processo eleitoral brasileiro. Ontem mesmo, o diretor-geral do TSE, Athayde Fontoura Filho, recebeu doações dos tribunais regionais eleitorais para compor o acervo temporário do Museu, entre elas os registros de candidatura a deputado federal pelo Paraná do ex-presidente Jânio Quadros.

Sala de Leituras

O Centro Cultural conta ainda com uma sala de Leituras voltada para atividades de leitura e produção de textos. Obras do escritor Machado de Assis, cujo centenário de morte é comemorado neste ano de 2008, estão disponíveis no local. Responsável por conduzir as atividades no local, a arquivista Aleksandra França acredita que o local vai atrair um grande contingente. “Muitos virão aqui atraídos pela beleza do prédio e vão passar a freqüentar pelas coisas que vai encontrar, como a possibilidade de ler Machado de Assis em um lugar como esse”, afirmou. 

Fonte: TSE