Na última sexta-feira (26), terminou a revisão do eleitorado em Macieira. Foram atendidas 1.200 pessoas que comprovaram morar no município. Além delas, segundo a servidora do cartório de Caçador, Ana Lúcia Spíndola Mateus, grande parte dos que compareceram para regularizar a sua situação solicitou que o título fosse transferido para Caçador. Um dos objetivos da revisão é depurar o cadastro eleitoral, para que quem more em uma determinada cidade realmente participe da vida política do lugar em que vive.

Anteriormente, o número oficial era de 1.832 eleitores, o que ia de encontro aos dados divulgados pelo IBGE em 2006, que davam conta da existência de 1.629 habitantes. "Geralmente, consideramos que o eleitorado não passa de 80% da população, que é de cerca de 1.600 habitantes" – conta Gerusa Vieceli, chefe de cartório da 6ª Zona Eleitoral, responsável pelo trabalho.

Além do atendimento no cartório de Caçador, a Justiça Eleitoral montou um local fixo de atendimento, na Câmara de Vereadores de Macieira . Em média, 50 pessoas compareciam diariamente. No último dia, se apresentaram 18 no cartório e 32 na Câmara.

A decisão de convocar os eleitores partiu do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina, atendendo a requerimento da Câmara de Vereadores de Macieira devido à disparidade entre os dados divulgados pelo IBGE e o de eleitores cadastrados. De acordo com o artigo 92 da Lei 9.504/97 (Lei das Eleições), a revisão pode ser determinada toda vez que o número de eleitores é superior a 65 por cento da população; o total de transferências de títulos do ano em curso é dez por cento maior em relação às transferências do ano anterior; e o eleitorado for superior ao dobro da população entre dez e quinze anos, somados também os com mais de setenta anos. Os três requisitos devem ser cumpridos simultaneamente. (RQ/VNM)